segunda-feira, 12 de maio de 2008

13º Congresso Brasileiro de Medicina debate a questão da dengue na Bahia e no Brasil

Há dois dias atrás o jornal A Tarde publicou uma nota sobre o debate ocorrido no 13º Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva Adulto-Pediátrico-Neonatal, cujo tema principal era a situação da dengue no Brasil. Veja a matéria:

Congresso médico aborda dengue
Médicos e gestores do setor de saúde debatem a situação da dengue no Brasil e na Bahia durante o 13º Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva Adulto-Pediátrico-Neonatal, que será encerrado hoje. A partir do meio-dia, acontecerá um simpósio especial sobre o tema, no Centro de Convenções da Bahia, sede do evento. A discussão de ‘cuidados intensivos’ vai contar com especialistas vindos do Rio de Janeiro, Estado que vem enfrentando uma epidemia da doença nos últimos meses. O evento é promovido pela Sociedade Baiana de Medicina Intensiva, com apoio da Secretaria da Saúde do Estado”.

O simpósio citado na nota foi o “Simpósio Satélite sobre dengue”. Ele contou com a participação dos médicos Jesuína Castro, da diretoria de Vigilância Epidemiológica da Sesab, Ana Verônica, do Hospital Couto Maia, e Arnaldo Prata Barbosa, do Rio de Janeiro, estado que vem enfrentando uma epidemia da doença nos últimos meses. Eles debateram o tema “Dengue e cuidados intensivos”.

Se cuidados no combate ao mosquito transmissor da dengue não forem tomados na Bahia, há risco de uma epidemia ainda este ano no Estado. A epidemiologista e pesquisadora em dengue Glória Teixeira – diretora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (Ufba) – alerta no site do Jornal que se uma pessoa vinda do Rio de Janeiro, contaminada com o sorotipo 2, for picada por um aedes aegypt na Bahia (onde o sorotipo 3 tem sido mais freqüente desde 2001), a possibilidade de o vírus se alastrar é grande.

O Estado do Rio de Janeiro passa por uma epidemia da doença. Em 2008, já foram registrados 32.615 casos de dengue, atingindo 0,21% da população, em sua maioria do tipo 2. Na Bahia, a taxa de incidência é bem mais baixa: 0,05%, para 7.325 casos neste ano.
Durante a segunda metade da década de 90, os sorotipos com maior incidência na Bahia foram o 1 e o 2. Mas, entre 2001 e 2007, o sorotipo 3 tem sido mais freqüente, de acordo com a pesquisadora. “Como até o ano passado era mais intensa a ocorrência do sorotipo 3, a chegada do sorotipo 2 pode causar algo semelhante ao que está ocorrendo no Rio”, disse Glória Teixeira.

No site da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia(SESAB) estão disponíveis algumas recomendações para pacientes com dengue. Veja algumas delas abaixo:

Dar bastante líquido (água, sucos de frutas, soro caseiro, água de côco, sopas, leite, chás etc.) e manter o paciente em repouso.

Não suspender o leite materno.

As mulheres com dengue devem continuar amamentando suas crianças

Se aparecer uma ou mais das seguintes manifestações procurar imediatamente assistência médica porque pode ser Dengue Hemorrágico:

· Fezes pretas
· Vômitos freqüentes.
· Muito sono ou agitação
· Dor na barriga.
· Tontura, vista escura e desmaio.
· Pela pálida, fria, seca.
· Dificuldade em respirar

Não tomar AAS, Aspirina, Buferin, Sonrisal, Alka-Seltzer, Doril e Melhoral porque contém Ácido Acetil Salicílico, droga que pode piorar o quadro desta doença.

Assista ao vídeo de campanha no combate a dengue feito pelo Governo da Bahia:

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