Na edição de hoje, depois de apresentar uma longa reportagem sobre as vantagens da utilização de hidrogênio como combustível na Islândia, o Jornal Nacional apresentou rapidamente, na seqüência, uma matéria sobre o leilão para construção da hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira. E os "benefícios" que esta trará para a população brasileira. Isto deixou evidente o gritante contraste entre a evolução de um pequeno país europeu que investe na defesa ambiental e o Brasil, de grandes dimensões mas cujas potencialidades são abusadas e degradadas diariamente.
A reportagem ressalta dois dos benefícios dos meios de transporte movidos a hidrogênio: o fim do risco de derramamento de combustível, poluição das águas e prejuízos a biodiversidade marinha, e o fim da emissão pelos carros de gases poluentes, já que eles expelem apenas vapor d'água pelo escapamento. Veja:
Continuando no assunto combustíveis, o Jornal Nacional traz, logo em seguida, uma pequena reportagem sobre o leilão da hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira. A matéria não foi disponibilizada na Internet, mas o texto foi o seguinte:
"Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, deverá funcionar a partir de 2013
O consórcio Energia Sustentável, formado pela Suez Energy, Eletrosul, Cesf e Camargo Corrêa, venceu o leilão para construir e operar a hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. O leilão durou apenas sete minutos e o consórcio vencedor ofereceu energia a R$ 71, 37 por megawatt. Um valor 21,6% menor do que o preço máximo sugerido. A usina deverá funcionar a partir de 2013 e vai gerar eletricidade para abastecer quase 10 milhões de residências."
A reportagem ressalta dois dos benefícios dos meios de transporte movidos a hidrogênio: o fim do risco de derramamento de combustível, poluição das águas e prejuízos a biodiversidade marinha, e o fim da emissão pelos carros de gases poluentes, já que eles expelem apenas vapor d'água pelo escapamento. Veja:
Continuando no assunto combustíveis, o Jornal Nacional traz, logo em seguida, uma pequena reportagem sobre o leilão da hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira. A matéria não foi disponibilizada na Internet, mas o texto foi o seguinte:
"Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, deverá funcionar a partir de 2013
O consórcio Energia Sustentável, formado pela Suez Energy, Eletrosul, Cesf e Camargo Corrêa, venceu o leilão para construir e operar a hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. O leilão durou apenas sete minutos e o consórcio vencedor ofereceu energia a R$ 71, 37 por megawatt. Um valor 21,6% menor do que o preço máximo sugerido. A usina deverá funcionar a partir de 2013 e vai gerar eletricidade para abastecer quase 10 milhões de residências."
Os aspectos "benéficos" do leilão - como a futura venda de energia a um preço 21% a baixo do sugerido - e da construção da usina - como a geração de energia para abastecer 9,8 milhões de casas - foram ressaltados, com legendas, no decorrer da ínfima matéria.
Os questionamento na concessão da licença para a construção e os danos que poderão ser causados ao meio ambiente foram omitidos nas reportagens. A construção de hidrelétricas podem causar impactos ambientais como o alagamento das áreas vizinhas, aumento no nível e mudança no curso dos rios, e prejuízos a fauna e a flora da região.
Desde o ano passado, várias críticas e manifestações foram feitas pelos ambientalistas contra a construção de usinas no rio Madeira.
Segundo o site http://www.ecodebate.com.br/index.php/2008/04/26/hidreletricas-do-rio-madeira-mais-irregularidades-no-licenciamento-ambiental-artigo-de-telma-delgado-monteiro/, a "organização Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, levanta teses da ilegalidade na Licença Prévia concedida pelo Ibama às usinas Santo Antônio e Jirau em desacordo com a recomendação da equipe técnica do próprio Ibama e da ilegitimidade do leilão da usina Santo Antônio, realizado em dezembro de 2007". A organização alega, segundo o site http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/12/06/materia.2007-12-06.2019195168/view, que "desde a concessão da licença, houve uma explosão de desmatamento na área de influência da obra".
Complexo do rio Madeira é o maior símbolo do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) para resolver o aumento de demanda de energia elétrica no Brasil.
Nós, brasileiro, estamos dispostos a pagar o preço desse desenvolvimento? A construção da hidrelétrica trará benefícios... Mas, para quem?
2 comentários:
Mto legal seu blog Mari!!
Bjos =**
Mariiii
Seu blog é ótimo! rsrs
bjos
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